A ministra da Saúde reconheceu esta sexta-feira que Portugal precisa de baixar a taxa de partos por cesariana nos hospitais públicos e privados. A governante sublinha, no entanto, que esta não é uma medida a atingir por motivos economicistas.
«Não é por decreto que se reduzem cesarianas. É envolvendo os profissionais, analisando a prática clínica e tendo critérios muito bem definidos», afirmou Ana Jorge em declarações à agência Lusa.
O «Correio da Manhã» avançava na quinta-feira que o Ministério da Saúde está a preparar a redução de 20 por cento do número de cesarianas, que são mais caras para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), o que poderia representar um corte de 11 milhões de euros.
«Quase que diria que me irrita do ponto de vista até de profissional de saúde dizer que os cortes nas cesarianas são por esse motivo [contenção]. Nenhum profissional de saúde aceita ou admite qualquer coisa dessa natureza», declarou Ana Jorge.
Contudo, a ministra assume que «Portugal usa demasiado as cesarianas», lembrando que «a boa prática clínica» aponta para uma taxa de 20 por cento de cesarianas no total dos partos.
«Nós temos maternidades em Portugal cuja taxa de cesariana é de 80 por cento. Eu pergunto qual é a racionalidade clínica que têm estas maternidades», referiu ainda a ministra.
«Há neste momento um movimento com preocupação para reduzir a taxa de cesariana para critérios clínicos. Não tem a ver com mais nada. E é isto que é a boa prática clínica a bem da saúde da mulher e da criança», adiantou.
Esta querida diz que nada tem a ver com motivos economicistas, então, tem a ver com o quê cara ministra?
Que eu saiba, só se parte para uma cesariana em último recurso, quando a mãe não faz a dilatação ou quando existem riscos para a mãe e bebé. Não imagino por que outro lado possa nascer o bebé nem que outros meios possam ser usados!