"Não tenho talento para mandar. É um facto. Nem talento, nem vontade. Odeio dar ordens, odeio pedir, odeio estar a chatear. Já ouvi muitas vezes que com a minha postura nunca vou chegar a chefe, e a minha resposta é sempre a mesma: "ainda bem". Não quero ser chefe, não tenho ambição nenhuma pelo poder, nem sequer um pequeno desejo sórdido de poder ter lacaios. Ter poder só dá chatices. Criam-se inimigos, metemo-nos em desaguisados e, invariavelmente, deixa-se de se fazer o que se gosta. No caso específico do jornalismo e da imprensa escrita, quanto mais alto se sobe na carreira, menos se escreve. E isso é o que eu realmente gosto de fazer. Arrisco mesmo dizer que é a única coisa de que gosto. Daí não almejar ser directora de um jornal ou de uma revista, o sonho máximo de um jornalista. Estar fechada num cubículo a editar o que os outros escreveram e a tomar decisões estratégicas não é para mim. Quero é sopas, descanso e palavras, muitas palavras para escrever. Talvez por ter este desinteresse pelo poder assim em geral, fico nervosa com pessoas que abusam do poder que têm. E que, muitas vezes, nem é poder nenhum. Por exemplo, empregados de café, funcionários das finanças, polícias, etc e tal. Qualquer pessoa que sabe que, naquele instante, é a única que pode resolver um problema a outra e, por isso mesmo, estica a corda ao limite. Não tenho paciência para maus modos, para antipatias, para caras fechadas."
Texto retirado Daqui
É certo que raramente concordo com o que esta querida escreve mas não é que hoje acertou em cheio com aquilo que neste momento ando a sentir?!?
Ela fala do jornalismo, eu falo da vida de um professor. Tenho pena que os directores das escolas não dêm aulas, que alguns não entendam a posição dos professores (nem por lá terem passado) e que não os defendam e etc e etc... Podia enumerar uma série de defeitos que encontro em directores que conheço, mas não vale a pena! Não vá o diabo tecê-las...
2 comentários:
Querida M. tens razão. Mas é melhor não dares o flanco ;)
Querida
Costuma-se dizer que quem sabe do convento é quem está lá dentro,(e nem sempre). Na maioria da chefia apenas usam a teoria, a prática é muito diferente, muitos no fim de chefes esquecem rapidamente (ou sobe-lhes à cabeça a chefia) o que passaram antes de o serem. Amiga continua a ser tu própria nada melhor para te sentires bem contigo.
Beijinho grande
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